Ēros – Philia – Agapé (Inspirado na teoria de Comte-Sponville)

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9 Comentários

  1. valter estelita disse:

    Oi Leila!
    Muito me identifico com as ideias de Sponville e sempre achei bem lúcida e didática essa categorização do Amor.
    Mas, filosofias à parte, a meu ver, “só estamos verdadeiramente felizes , quando apaixonados e correspondidos”.
    O que importa é “que seja infinito enquanto dure”.
    Um abraço!

  2. Achel Tinoco disse:

    O amor deveria ter somente um tipo. Um tipo que fosse simplesmente verdadeiro.

  3. kátia regina disse:

    Cara Leila, quando filosofamos sobre o amor, sempre projetamos o ideal,o que deveria ser,o que sonhamos….mas…….como alimentar este amor em Eros se o nosso proprio corpo tem seus limites ,os hormonios prazo de validade,se a convivencia desgasta a relacao e o encantamento a medida que o outro vai desvendando os teus misterios as tuas virtudes ,os teus defeitos, se apossando nao só do teu corpo mas da tua intimidade, da tua vida, eros, saciado, de saco cheio, vai morrendo lentamente,bizarramente aos teus pés. Isto para mim ‘nao é decepcionante, super humano. Agora, vejo tambem, que nesta caminhada com Eros,depois de recolhido os despojos,o que sobrou,cabe a voce decidir se vale a pena continuar sem ele ,em outro patamar.Enfim leila, acho que o amor em Eros,assim como os hormonios tem prazo de validade. O que causa dor é quando a morte de Eros se dar apenas em uma das partes e a outra continua pulsando sem ter ressonancia.O ideal seria que os dois enterrassem Eros com alegria…….Olha, esta é apenas uma opiniao sincera, nunca li o Comte -Sponville porisso nao tenho embasamento para debate-lo.Mas este Chá com Letras está uma delicia

  4. Andre Luis disse:

    Entre homem e mulher, acho que, são todos ao mesmo tempo agora. Tenho certeza que, ao casar, nutria um Amor do tipo Eros, que, 10 anos depois, parecia-se com Philia e, hoje, se debate para que não chegue ao Agapé. Mas a natureza é sábia ao manter, bem guardados em nossa memória, os momentos vividos naqueles Amores tipo Eros. São as lembranças mais claras.

  5. Sponville filosofa sobre as dezoito virtudes que devem ser perseguidas pelo homem, para alcançar a sabedoria; concordo , porque a sabedoria é a resposta do porque? que passa a ser o
    conhecimento da verdade.

    Entrevista do filósofo André Comte-Sponville na edição da revista “Cult”

    Antes da entrevista, propriamente dita, há uma série de informações sobre o filósofo. Está lá…

    “Na contra-corrente de escritores populares que tematizam o problema da religião no mundo contemporâneo, mas que participam de uma cruzada radical e militante pelo ateísmo – figuras como Michel Onfray, Christopher Hitchens e Richard Dawkings – Comte-Sponville opta pelo meio-termo e defende o “ateísmo fiel”, uma espiritualidade forte porém contrária à idéia transcendente de Deus, uma espiritualidade guiada apenas pelas virtudes e pela sabedoria da tradição filosófica cética e humanista”.

    Primeiro ponto interessante, que distancia Sponville de um “fundamentalismo” ateísta, como o de Dawkins.

    A introdução continua…

    “Para o filósofo, o saber filosófico deveria superar a crença religiosa, inclusive em sua dimensão espiritual, o que não implica aversão à religião nem queda no niilismo.

    ‘A laicidade não significa ódio às religiões, ao passo que o niilismo, em seu esvaziamento ético, conduz à idolatria mercantil e à violência’, diz o pensador”.

    Importante destaque sobre o não “ódio às religiões”, compreendendo que a religião é uma dimensão da sociedade e que odiá-la corresponde a odiar aquela parcela da humanidade que a vivencia.

    Além disso, Sponville mostra que ateísmo não leva necessariamente ao niilismo e ao “esvaziamento ético”, como postulara Dostoievsky.

    Em relação à acusação de ser um “nouveau philosophe”, autores dos anos 70 e 80 que popularizaram caricaturalmente a Filosofia, ele diz “Sou um filósofo antigo: procuro pensar à maneira dos antigos, especialmente Epicuro e Espinosa, para resolver problemas atuais”.

    Na última parte da introdução, a revista destaca “sua temática principal: a renovação da espiritualidade e de uma felicidade ancorada na lucidez dos antigos”.

    Como eu já afirmei, a felicidade é um dos meus assuntos filosóficos prediletos, ainda mais quando fundamentada em bases lúcidas.

    Daí, portanto, uma das razões para minhas constantes idas à fonte sponvilleana. Além disso, a “renovação da espiritualidade”, como reconhecimento dessa dimensão humana – além da racionalidade e da base instintual – e como tentativa de integrar essa espiritualidade à totalidade do homem, sem que seja necessário ser um “crente cego” dentro da igreja e um “homem da razão fria” fora dela, diz Sponville.

    Já dentro da entrevista, aproveitando a “ponte” com alguns Sponville comenta a crise financeira internacional, dizendo

    “Quanto à crise econômica atual, ela não é a primeira nem a última. Não se trata do fim do mundo, nem do fim do capitalismo. Por mais grave que seja, a crise vai passar, até chegar a próxima.

    De todo modo, essa crise confirma mais uma vez que o mercado necessita de limites externos, que os Estados são fundamentais para impor tais limites,
    (que hoje chamamos de “regulações” ).

    E emenda, com uma constatação real e triste “O que não passará, pelo menos nos próximos decênios, é a anunciada catástrofe ecológica…

    O que também não passará, ao menos não no curto prazo, é a crise cultural, moral, espiritual do Ocidente.

    Afinal, o que ainda pode oferecer ao mundo uma sociedade que não acredita em mais nada além do dinheiro e do sexo?”.

    O filósofo, que flertou com o comunismo na juventude dos anos 60, fala da perspectiva de um liberal de esquerda, como se define. Ele explica o que entende por isso: “Os liberais de esquerda são os que constatam o fracasso do marxismo, sem renunciar com isso a agir pela justiça (inclusive a justiça social) e pela liberdade (inclusive a liberdade econômica)”.

    Suas cotações:
    —— Moralidade
    “A moral só é legítima para o primeiro.
    “A moralidade é somente para si, para outros, a misericórdia e o direito suficiente “.
    “Ao fazer bom homem, ou mulher, que ajuda a humanidade a ser.”
    “A moral começa quando somos livres: ela é essa liberdade, mesmo quando é julgada e da ordem”.
    “O que devo fazer? e não: O que os outros deveriam? Isso distingue o moralismo jurídico “.
    “Uma ação é boa se o princípio a que se submete pode ser erigida em lei universal.”
    “Você merece o que deseja, e isso é chamado de virtude.”
    “A moral começa onde nenhuma punição é possível, onde nenhuma punição é eficaz, onde nenhuma condenação, em qualquer caso externo, é necessário”.
    —— O amor de sólidão:
    “O segredo é que não há nenhum segredo. Nós somos filhos pouco egoísta e infeliz, cheia de medo e raiva … ”
    “Você merece o que deseja, e isso é chamado de virtude.”
    —— Improvisos:
    “Para sair é morrer um pouco. Escrever é viver mais tempo. ”
    “Toda a ansiedade é imaginário e o real é o seu antídoto.”
    “A ciência – ciência qualquer – é, sem consciência ou limites.”
    —— Outros:
    “Precisamos de falha moral do amor”.
    “Que o ciúme é uma palavra egoísta zeloso e infeliz.”
    “Como é que um não tem o dinheiro? Seria o amor nada, pois o dinheiro leva a tudo.”
    Nas palavras de Sponville: “Não fazemos filhos para possuí-los, para guardá-los, concordo plenamente, fazemos filhos para o mundo.
    abraços,
    Marilda Oliveira

  6. Gálatas
    5:22 Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.

  7. Leticia Pinheiro disse:

    Vivemos em amaranhados de emoções, e com toda essa correria do dia-a-dia nem sempre nos damos conta dos nossos sentimentos reais. Muitas vezes confundimos nossos sentimentos. E hoje com esse mundo tão louco e tão permissivo, estamos avançando fronteiras de sentimentos , que causa a banalização, do amor, da amizade e do sexo.

  8. Irineu Tolentino disse:

    Belo texto, belos comentários.

    Quanto ao amor, ah esse eterno desconhecido…

  9. Gilson Souza disse:

    Olá, Leila

    Só tenho a agradecer pelo convite para conhecer seu espaço. Voltarei mais vezes para deleitar-me com seus escritos envolventes e de muito bom gosto.

    Um abraço

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