Mulher Sereia
Joguei no mar
as sandálias
que me impediam
de caminhar na areia.
Soltei no ar
as ilusões
que me vedavam as veias.
Deixei no cais
a verdade
que me prendia em teias.
Lancei-me nua
no infinito das águas
despojada de sonhos
Mulher Sereia.
LEILA BRITO
Ilustração:
Aquarela de Floricena Rezende (4 jul. 1990).
Referência:
BRITO, Leila. Mulher sereia. Mulher Sereia. Belo Horizonte: LetraporLetra, 2007. p. 49.
Doastes as sandálias ao mar
certamente voltou
alguém delas se beneficiou.
As águas do mar
a ela pertence
Ah! Divina Iemanjá.
Mergulhastes naquelas águas
como mulher livre e sedutora
atraindo os pássaros
com seu cantar.
Porque quem anda nas
ondas do mar
é Sereira.
Leila, eu amava Clara Nunes e seu vídeo está lindo.
Leila, ficou bem bacana o seu espaço. Parabéns!
Oi Marilda!…
Que linda mensagem! Na verdade, a sua contrapartida é um outro poema e muito bonito.
Que bom te fazer poetar!…
Abraço desta amiga e admiradora,
Leila
Meus queridos…
Que maravilhoso receber todo este apoio e, em especial, comprovar que ele vem de várias regiões desse nosso maravilhoso Brasil e, até, do exterior.
Lembrando o grande poeta Gil, aqui vai meu agradecimento:
Alô, alô amiga Cleo Oliveira, de Valadares-MG e residente nos EUA, aquele abraço!
Alô, alô poeta carioca João de Abreu Borges, aquele abraço! O Rio de Janeiro continua lindo?
Alô, alô cariocas Beth Jurelevicius, Solange Cunha e Valter Estelita, aquele abraço!
Alô, alô Vivi do PSOL, Diva Franco, Marilda Oliveira e Débora Morais, de São Paulo, aquele abraço!
Alô, alô amigo Volnei Souza, de Divisa de Minas e residente em Barra Velha-SC, aquele abraço!
Alô, alô, escritor Pedro Braga, de Brasília, aquele abraço!
Alô, alô, Rivaldo e Petrônio Carvalho, de Salvador, aquele abraço!
Alô, alô Jorge Schlee, de Pelotas-RS, aquele abraço!
Alô, alô Shirley Machado , de São José dos Campos-SP, aquele abraço!
Alô, alô Tato de Macedo e André Luiz, de São Paulo, aquele abraço!
Alô, alô queridas irmãs Riva Brito e Ângela Brito, de Rio Acima-MG, aquele abraço!
Alô, alô querida mana Clarinha Brito, de Rio Acima-MG e residente em Paranaguá-PR, aquele abraço!
Alô, alô Rosana Brito, paulista residente em Milão, aquele abraço!
Alô, alô Ivo Reis, de Campo Grande-MS, aquele abraço!
Alô Sandra Bossio e Ricardo Faria, amigos de Belo Horizonte, aquele abraço!
Alô, alô Joseph Hanna, da Palestina e residente em Curitiba-PR, aquele abraço!
Alô, alô, grande Azenha, do blog VIOMUNDO, aquele abraço!
De fato… “Yo tengo tantos hermanos, que no los puedo contar”
besos,
Leila
Alô, alô Leila
Você é um ser tão especial.
Um grande abraço
Nossa, leila, mas você é poeta mesmo, que lindo este poema, sútil, suave, profundo. Como eu disse, seu blog está muito bonito. Parabéns!
ps. Calma, vou futucar mais…
Leilaaaaaaaaaaa
Se “O homem é a metade de si mesmo e a outra metade é a sua expressão” você é a concretude da complexidade do ser/sentir, pois expressa-se lindamente… Lindos, continente e conteúdo…
Aconchegue-se também você no canto virtual destina aos meus vários olhares.
http://meuolharantropofagico.blogspot.com
Sobre sua sereia, me senti sua musa, pois sempre fui chamada de sereia bem-nutrida, farta que sou em carnes e devaneios poéticos….
Beijo querida, estamos juntas…
Oi Leila!
Talvez eu tenha a visão nublada, ou, meus neurônios estejam insanos hoje, mas demorei para ver a sereia na aquarela. O que vejo é um enorme tubarão branco e sua imensa bocarra. Lembrei-me do seu texto sobre o amor, e, parece-me, que tanto no amor como nas aquarelas vemos o que queremos ver
Você também consegue ver o tubarão?
Bem voltemos ao mundo real. Gostei do seu poema, não sei por que, você me fez lembrar Cecília Meireles.
Um beijo (estou abrindo uma exceção aqui, pois nunca beijo no primeiro, encontro)!
Carlos Curare
Carlos…
Prazer em recebê-lo para este chazinho com letras.
Não, eu nunca vi um tubarão nessa aquarela, até porque a grande pintora Floricena Rezende (que faleceu pouco mais de um ano após pintar essa tela; estava em estágio terminal de câncer de mama), inspirou-se no próprio poema para criá-la. Daí que é mesmo uma sereia.
O fato é que este livro está praticamente pronto desde 1990, mas por falta de recursos, somente o editei em 2007, com o acréscimo de alguns outros poemas mais recentes. Mas Mulher Sereira foi escrito em 1987, quando eu estava acamada com hepatite e muito mal, e desejando me libertar do sofrimento e de tudo que me fazia infeliz.
Por isso, eu nunca vi um tubarão branco nessa imagem. Seria impossível, até porque, pasme, essa sereia sou EU. Ou seja, Floricena fez de mim a sereia (recostada numa rocha com os longos cabelos que eu tinha na época), e com tamanha criatividade, que a imagem possibilita outras interpretações. Portanto, é mesmo arte. Da mesma forma que você vê um tubarão, outra pessoa pode ver outra coisa. Se atentar bem, verá a sereia. Que legal esse lado camaleão da aquarela dela. Muito interessante!
Bom… Espero continuar a receber seus preciosos comentários.
Abraços,
Leila
Leila
Vi o convite no LN e vim conhecer o espaço. Estarei por aqui. Abraços
Já não escrevo…
Só digo, que levei sua poesia,
para perto de mim .
Beijos
Solange
O Prazer foi todo meu, aprendi com a sereia, suas imagens, B Russel, um mundo que não conheço. No site do P, as diferenças se acentuam, estou tentando colocar idéias na frente de crenças. Desculpe, cada plantão me faz gritar mais um abraço.
Adorei!
E assim, vamos nos libertando dos obstáculos à concretização dos nossos sonhos, mesmo que eles sejam uma mera caminhada na praia.
bjs
Verdades que às vezes nem nossas são, sendo somente de outrem, outros tantos até, revestidas, ou embasadas no bom e velho senso-comum, realmente nos prendem. Por vezes escravizam alguns; diria que estes são tolos, ou simplesmente, bobos, ou ainda, ingênuos que se deixam levar não por seus pensamentos, seus quereres, seus sentimentos, mas sim pelos os dos outros.
Verdades…
É a relatividade que cerceia,
Um outro que diz,
Este ou aquele que aceita.
Fantasiada de senso-comum,
Aquela dita certa pra mim,
Errada pra ti,
Quem vai definir?
Só não quero que me prenda,
Ou se prendas por mim.
O que se mostra verdade pra você,
Pode não o ser pra mim.
E que me interessa?
Fico com o “velho pensar e logo existir”:
Pense por ti,
Que penso pra mim.
Eu aqui de novo.
Vim buscar palavras para minha COLAGEM…
Não sei se a AUTORA, vai gostar de estar junto com uma imagem, criada, de pedaços tirados de outras imagens …
“todas as palavras são ilusórias
quando encobrem o virtual.
há que revesti-las da verdade
para desnudar o real.”
Leila Brito
Mandei pelo portal, a minha Itacoatiara.
beijos
Nunca havia pensado que a sereia é livre, pois pensava que viver no mar a impedia de flutuar sem ter onde pousar.
Belo poema sobre a liberdade.
Beijos,
Luciano Menezes
Bonito poema. Temritmo, música e ironia bastantes.
Linda, como o mar, a sua poesia, Leila. Lembrou-me outro poema, este do nosso Viníciusde Moraes:
Na melancolia do teu olhar
Sinto a noite se inclinar
E ouço as cantigas antigas
Do mar.
No frio espaço de teus braços
Eu me perco em carícias de água
E durmo escutando em vão
O silêncio.
E anseio em teu misterioso seio
Na atonia das ondas redondas,
Náufrago enregue ao fluxo forte
Da morte.
Bjs,
Euclides.
Lancei-me nua
no infinito das águas
despojada de sonhos…
Representou muito …
Vc n imagina o bem que faz…
Adoro vc
Diva
Olá!! Ameeeei seu site… Vc escreve coisas incríveis. Gostei em especial de “Mulher Sereia”… lindooooo!!! Um beijinho!!!