Tagged: feminismo

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Angela Davis, Racismo e Feminismo Negro

Discurso de Angela Davis no Dia da Mulher Negra Latina e Caribenha,
25.07.2017, na Universidade Federal da Bahia
ANGELA DAVIS
Eu não tenho nem condições de expressar a vocês o quanto estou emocionada por estar aqui nesta noite. Para mim, é assim que deveria ser a aparência da universidade. Quero agradecer à Ângela Figueiredo, ao Odara. Quero agradecer também ao NEIM pelo convite para homenagear o dia 25 de julho. Essa é minha quarta visita a Bahia e sexta ao Brasil.
Neste momento, me sinto extremamente envergonhada por ainda não ter aprendido português. Esse é o meu próximo projeto. Estou muito feliz por estar aqui celebrando com vocês o Dia da Mulher Negra Latina e Caribenha. Na Bahia, o Julho das Pretas. Estou muito entusiasmada por estar aqui no Brasil, especialmente porque tenho acompanhado os acontecimentos que vêm se desenvolvendo dentro do movimento das mulheres negras.
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Sobre o Alvoroço da Visita de Betty Friedan ao Brasil

AS MULHERES
ROSE MARIE MURARO

Em 1971, a Editora Vozes fazia setenta anos, e a ideia era comemorá-los com tudo a que se tinha direito. Pedi licença ao diretor para trazer um autor estrangeiro. Eu queria convidar ou Nornan Brown, que fazia muito sucesso na época, Michel Foucault, ou então Betty Friedan. Madre Cristina, de São Paulo, me deu o livro de Betty Friedan para ler, e eu tinha gostado tanto que a tradução já estava pronta. Falei com ela ao telefone e ela se prontificou a vir só pela passagem, a estada e o que acontecesse, principalmente.

Fiquei com medo do evento, talvez porque eu esperava que seu livro ficasse fechado dentro das paredes das universidades. Mas, mesmo antes dela chegar, as coisas começaram a acontecer. O Pasquim fez uma entrevista preparatória comigo. Lá estavam Glauber Rocha, Paulo Francis, Ziraldo e toda a patota. Foi aí que percebi o que o feminismo realmente significava para os homens. Tenho certeza de que os “juntei”, porque eles não sabiam nada das articulações da opressão das mulheres com o econômico… Só pensavam no medo que as novas mulheres lhes causavam.
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Afinal… Quem é Simone de Beauvoir?

Simone de Beauvoir, em suas memórias, nos dá a conhecer sua vida e sua obra. Quatro volumes foram publicados entre 1958 e 1972: Memórias de uma moça bem comportada, A força da idade, A força das coisas e Balanço final. A estes, se uniu a narrativa Uma morte muito suave, de 1964. A ampliação desse empreendimento autobiográfico encontra sua justificativa numa contradição essencial ao escritor: a impossibilidade de escolher entre a alegria de viver e a necessidade de escrever; de um lado, o esplendor do contingente, do outro, o rigor salvador. Fazer da própria existência o objeto de sua obra, em parte, solucionar um dilema.

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Machismo e homofobia sobrevivem no comunismo?

MACHISMO E HOMOFOBIA SOBREVIVEM NO COMUNISMO?
ERIK HAAGENSEN
É muito frequente o argumento que diz “sem se pautar pelas lutas feministas, anti-racistas, anti-homofóbicas etc., o comunismo reproduziria todos os vícios da subjetividade capitalista”.
E, como justificativa: “o machismo, o racismo, a homofobia etc. surgiram muito antes do capitalismo”.
Há algumas noções que subjazem essa argumentação e que merecem ser comentadas.

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Nos Domínios do Machismo

NOS DOMÍNIOS DO MACHISMO LEILA BRITO Uma mulher não é um falo senão na medida em que está aprisionada ao homem; ela assume essa identidade na proporção da perversão masculina. Nessa medida, apenas as...

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Pensando o feminino

Gerada nos primórdios, a ideologia do patriarcalismo, que delegou ao homem o comando do mundo estereotipando a masculinidade como sinônimo de poder,  transformou a Mulher  em figura secundária no processo de formação e desenvolvimento da...