Author: Leila Brito

MITOS MODERNOS 0

MITOS MODERNOS

SEGURANÇA PÚBLICA É SÉRIO DEMAIS PARA SER CASO DE POLÍCIA MARCO ANTÔNIO ASSIS LOBO-GUARÁ Não agrada a este autor revisitar o passado, mas a aposentadoria como Delegado de Polícia, ao invés de me livrar-me...

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O poema de Pasolini para Gramsci

Não pertence a Maio este ar impuro
que ainda mais escurece ou encandeia
com súbitas abertas o estrangeiro

e sombrio jardim… este céu
de espuma nos terraços amarelados
que velam, em longo anfiteatro, /

as curvas do Tibre, o azul-turqueza
dos montes do Lácio… lança uma paz
mortal, sem amor, como o nosso destino,
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Scorsese e sua politização do roteiro de “O Irlandês”

“O IRLANDÊS” E A POLÍTICA DA GUERRA PERMANENTE

CRISTÓVÃO FEIL

Ninguém desconhece que as grandes narrativas literárias e cinematográficas têm espessura e densidade, texto e subtexto, onde cabem camadas sobrepostas de rica imaginação sujeitas a derivar para múltiplas interpretações.

Se olharmos para “Dom Quixote” de Cervantes, podemos classificá-lo rasamente como um romance humorístico de cavalaria, a comédia que aborda o ridículo e o grotesco de um homem que perdeu o juízo. Mas todos sabemos que Cervantes foi bem mais fundo do que pode parecer aos apressados. Ver mais…

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Requiem Aeternam

RÉQUIEM A ENI DE BRITO

LEILA BRITO
(Discurso lido momentos ante seu corpo – Cemitério de Caeté, 12 maio 1996). 

Eni Amiga
Eni Madrinha
Eni Mãe
Eni Mulher
São tantas as Enis numa só expressão de amor, que tamanha significação transcende a possibilidade da palavra.

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Revoluções Civis e Direitos

Navio Negreiro (1882) SOBRE OS DIREITOS RAQUEL DOMINGUES DO AMARAL Sabem do que são feitos os direitos, meus jovens? Sentem o seu cheiro? Os direitos são feitos de suor, de sangue, de carne humana...

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De Vênus para Vênus

PRIMEIRA MORTE LEILA BRITO Começava a morrer ali e já me conformava me preparava antecipando o momento.   Saí levada pelo eco das palavras lançada em resposta pisando no ar.   Conselho amigo me...

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Homenagem ao Amigo Escritor e Poeta Max Portes

HOMENAGEM AO ESCRITOR E POETA
MAX PORTES
(Caratinga, 14.10.1944 – Caratinga, 06.01.2014)

ELEGIA A NÓS MESMOS
MAX PORTES
a começar por nós
somos os outros

porque não vamos mais e além e depois
de nós mesmos –
nos deixamos plantados em esperas
pois havemos de voltar cedo ou tarde
quando seguir
é o inteirar-se da volta
nos amanhãs de ontens

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Diante da Lei

FRANZ KAFKA
Diante da Lei há um guarda. Um camponês apresenta-se diante deste guarda, e solicita que lhe permita entrar na Lei. Mas o guarda responde que por enquanto não pode deixá-lo entrar. O homem reflete, e pergunta se mais tarde o deixarão entrar.
– É possível – disse o porteiro –, mas não agora. 
A porta que dá para a Lei está aberta, como de costume; quando o guarda se põe de lado, o homem inclina-se para espiar. O guarda vê isso, ri-se e lhe diz:
– Se tão grande é o teu desejo, experimenta entrar apesar de minha proibição. Mas lembra-te de que sou poderoso. E sou somente o último dos guardas. Entre salão e salão também existem guardas, cada qual mais poderoso do que o outro. Já o terceiro guarda é tão terrível que não posso suportar seu aspecto.
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Confissão

LEILA BRITO
A dor adormeceu no berço da minha criança
deixei no porão da infância os meus medos
as assombrações já não me assustam
e já são outros os meus segredos. 
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