Nos Domínios do Machismo

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5 Comentários

  1. Paulo Querido disse:

    A interpretação das minhas palavras é, digamos, livre de uma maneira que não subscrevo — e ainda menos acho que se aproxime do espírito com que, há 16 anos atrás, fiz aquela reflexão.

    Não tenciono explorar o tema da mentira, que na pior das hipóteses atinge todos as matrizes sexuais da mesma forma (bastaria invocar as mentiras sobre o orgasmo, nas mulheres, para não ir aos casos mais extremos do “shemales” e outros). Tenciono, isso sim, estabelecer uma diferença de tempo imensa entre o ciberespaço de 1992-97, sobre o qual reflecte o capítulo “o amor em tê-xis-tê, e o ciberespaço de hoje.

    Entre as grandes diferenças está o homem ter deixado de ser o dominante: as redes sociais têm mais mulheres que homens. E há muito mais pessoas com rosto e nome, que não colocam um nickname de permeio.

  2. Leila Brito disse:

    Caro Paulo Querido…

    Sua presença neste espaço é motivo de contentamento a esta escritora, poeta e ensaísta. Sinto-me honrada. Seja bem-vindo!

    Você não imagina o quanto estou grata por ter sido presenteada, ontem à noite, enquanto escrevia este artigo, por este capítulo do seu livro (que eu não conhecia), pois foi a única publicação de valor que encontrei no Google, por abordar de forma competente, mesmo que superficialmente, a temática do machismo no espaço cibernético.

    Entendi suas considerações esclarecedoras, concordo com todas elas, e as recepciono com respeito, pois providenciais (e importantes) no plano da sua visão e dos seus objetivos como autor de “Homo Conexus”. Mas estou certa de que você alcançou o meu objetivo ao adaptar seus conceitos e inferições sobre o machismo e a mentira, no plano do relacionamento de gênero, ao propósito da tese que defendo no meu artigo. Você pode comprovar que eu cito a data de sua obra, destacando que ela foi escrita no início do processo em tela.

    Convido-o a reler a parte do capítulo onde o cito, pois agora pela manhã, antes de ler seu comentário, eu fiz mudanças e acréscimos sutis em seu conteúdo, porém substanciais, pois, coincidentemente, contemplam a evolução à qual você se refere. Senti que faltava essa importante abordagem.

    Como escrevi esta parte textual ontem já bem tarde, e publiquei o artigo de madrugada, nesse intervalo de tempo (antes e depois do sono), repensei meu raciocínio, exatamente nesse ponto abordado por você, e fiz a revisão. É a tal da maturação das ideias que você conhece bem como escritor.

    Nesta oportunidade, parabenizo-o pela grande obra. Sem dúvida, “Homo Conexus” é uma obra de real valor científico e cultural.

    Abraço,
    Leila

  3. Leila Brito disse:

    Paulo…

    Somente agora (12h00) fechei a revisão da parte textual do meu artigo referente ao seu livro. Penso ter aparado as arestas relacionadas à interpretação equivocada de sua abordagem, de forma satisfatória.

    Espero, com isso, ter feito justiça à intenção do autor. Qualquer dúvida, fale comigo.

    Abraço,
    Leila

  4. Paulo Querido disse:

    Leila, obrigado pela sua atenção e pelo elogio. Na década anterior havia pouca gente, quase ninguém, a observar e a pensar sobre a nova fronteira. Como jornalista com atenção às novidades, dei o meu contributo. Aquele capítulo é a segunda versão de um artigo que publiquei no semanário português Expresso.

    Votos de bom trabalho.

  5. Marilda Oliveira disse:

    A violência contra a mulher é um fenômeno universal, presente em todas as classes
    sociais; negar-se a analisar as causas desse fenômeno contribui para perpetuá-lo.
    por Mona Chollet

    As mulheres ainda que trabalhem fora e tenham conquistado autonomia financeira
    ficam sobrecarregadas com os cuidados com a casa e filhos. “Não há gestão da
    igualdade no espaço doméstico.”

    De acordo com dados da Fundação Perseu Abramo (2001), a cada 15 segundos uma
    mulher no Brasil sofre alguma forma de agressão (em 70% dos casos são vítimas de
    alguém com quem mantém vínculo afetivo)

    A violência conjugal é a extensão, para a esfera privada, de uma dominação
    masculina em prática na totalidade da sociedade.

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