Reverenciando um poeta carioca
JOÃO DE ABREU BORGES
João de Abreu Borges, nascido no Rio de Janeiro em 1951, é carioca do Estácio. Sempre preocupado com as relações fronteiriças entre a Poesia e a Música, dedica-se há quase 40 anos a um trabalho engajado também no plano filosófico e político, em forma de reflexões a serem publicadas em futuros livros de ensaio como Poesia Viva e Mundo Poeta. Apresenta seu trabalho em diversos focos culturais da cidade do Rio de Janeiro, como eventos poéticos e shows de música. Com formação em Letras-UERJ, dedica-se também ao estudo e à pesquisa do processo criativo em poesia, buscando encontrar a essência do movimento interior do espírito humano quando se projeta na realidade social em que vive. Artista gráfico, também é editor de livros. Mas pairando acima do inconfessável, João é POETA:
A luz, a luz, a luz
Apaguei cedo a luz do quarto.
(quando quer a claridade,
o olhar pulsa.)
O escuro, uma ausência?
A imaginação será sempre como o mar:
pensamento que expulsa o medo.
A extensão conceitual de um poema
não está na luz nem no escuro…
(as sílabas não se abalam com seu som)
Os lábios da alma, sim, sibilam:
eis o erro de um poeta,
quando escreve com as mãos
o que poderia lançar como estrela
em uma única reta.
OUTROS POEMAS EM:
http://www.germinaliteratura.com.br/jaborges.htm
Ilustração:
João de Abreu Borges clicado por Leila Brito – Rio de Janeiro, dez. 2008.
Referência:
BORGES, João de Abreu. A luz, a luz, a luz. Ano Um, a. X, n. 118, jun. 2010.
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