Uma primavera com “Cheiro de Mato”
CHEIRO DE MATO
Ai, ai o mato, o cheiro,o céu
O rouxinol no meio do Brasil
O Uirapuru canta pra mim
E eu sou feliz
Só por poder ser
Só por ser de manhã, manhã, manhã
Manhã, manhã
Nessa clareira o Sol
Se despe feito brincadeira
Envolve quente a todo ser vivente
Taperebá
Canela, tapinhoã, nã nã nã nã
Não faço nada
Que perturbe a doida a louca passarada
Ou iniba qualquer planta dormideira
Ou assuste as guaribas na aroeira
Em contra-ponto com pardais urbanos
Tão felizes soltos dentro dos meus planos
Mais boquiabertos que os meus vinte anos
Indóceis e livres como eu.
FÁTIMA GUEDES
Ilustração:
Foto de autor desconhecido desta escritora.
Referência:
A canção Cheiro de Mato, de autoria da compositora Fátima Guedes, integra o CD “Fátima Guedes” lançado em 1980.
“Ai, eu daria tudo para poder voltar aos meus vinte anos”.
Cantava Silvio Caldas composição em parceria com Wilson Batista. Em versos simples, eles focalizam um problema existencial: o inconformismo do homem diante da velhice.
Elis cantou “Meus vinte anos blues” De Vitor Martins e Sueli Costa e já tinha trinta.
Fátima em 1980 cantava nossos vinte anos. Era primavera…
Volney…
Nos meus vinte anos vivi a alegria de alçar o voo da liberdade.
É sempre uma alegria recebê-lo.
Abraço,
Leila