Terra/Nação
Amo sim
mas o que eu amo é a terra.
Não amo a Pátria tampouco a Nação.
A língua que falo é a língua da Pátria
mas é a terra quem torna essa língua em canção.
A fome que passo é a fome da Pátria.
Se eu tenho alimento agradeço ao meu chão.
A canção que eu canto é o canto das aves,
é um canto suave, é uma doce canção,
que o vento inventa soprando entre as árvores,
que crescem em minha terra, que brotam do meu chão.
O asfalto em que piso é o solo da Pátria,
donde não brota qualquer plantação.
O campo florido, plantado e fecundo,
eu devo à minha terra, agradeço ao meu chão.
Então vou cantando esse canto pro mundo
procurando no fundo encontrar a razão,
de amar livremente meu País, minha Gente,
o meu Chão, minha Pátria,
minha TERRA/NAÇÃO.
EUGÊNIO BRITTO
1989
Ilustração:
Foto/montagem de autor desconhecido desta escritora.
Referência:
BRITTO, Eugênio. Terra/Nação. O princípio é o verso. Belo Horizonte: Lutador, 1989, p. 39.
Lindo, lindo, lindo.
De muita emoção, tocou meu coração!
Parabéns, brasileiro-irmão!
Desenredo
No dia em que o jovem Cabral chegou por aqui ô ô
Conforme diversos anúncios na televisão
Havia um coro afinado da tribo tupi
Formando na beira do cáis cantando em inglês
Caminha saltou do navio assoprando um apito em free bemol
Atrás vinha o resto empolgado da tripulação
Usando as tamancas no acerto da marcação
Tomando garrafas inteiras de vinho escocês
Partiram num porre infernal por dentro das matas ô ô
Ao som de pandeiros, cocalhos e acordeon
Tamoios, tupis, tupiniquins, acarajés ou carijós
(sei lá quem mais)
Chegaram e foram formando aquele imenso cordão,
Meus Deus quibão
E então de repente invadiram a avenida central
Mas que legal!
E meu povo vestido de tanga adentrou ao coral
Um velho cacique dos pampas sacou do piston
E deu como aberto em decreto mais um carnaval
E assim a 22 daquele mês de abril
Fundaram a Escola de Samba Unidos do Pau Brasil
(Luís Gonzaga Jr. — Ivan Lins
“Nunca fomos catequizados. Fizemos foi Carnaval. O índio vestido de senador do Império. Ou figurando nas óperas de Alencar cheio de bons sentimentos portugueses”
( Oswald de Andrade, “Manifesto antropólogo”)
Amo meu querido Brasil, que deu a seu povo o sol, a terra, o mar, o luar, a cachaça pura, a carne seca, o feijão de corda, a pururuca, a rapadura, a alegria de sentir sua natureza, dourando a pele pelos raios de sol, suavizando a vista pelo azul anil do céu, que de dia irradia, e de noite brilha, mostrando as Três Marias, que tenta nos mostrar, nos dizer, que aqui nesta terra existe paz, união entre os povos, respeito pelas etnias, crenças, costumes, e que tudo vai assim continuar… Enquanto nós, seres viventes, aqui nesta terra, continuamos a Meditar…. Ah!. como é bom ser livre, e brasileiro.
Marilda Oliveira
Abraços,
Grande Eugênio Brito!
Poeta brasileiro.
Amo.
Clarinha.
Querida Leila,
Obrigada pelo carinho de sempre e, também, por estar ajudando, e como, a divulgar o meu nome entre os seus valiosos e conceituados leitores.
Tenho andado atarefado em demasia com o meu trabalho na Cemig e obrigações familiares, além das minhas atividades com a música, e isso tem me deixado sem tempo para a Internet.
Mas tenho percebido que você está indo de vento em popa com o seu maravilhoso blog. Parabéns e sucessos pra você.
beijos,
Geninho